Karen Blixen (1885-1962) foi uma escritora dinamarquesa que viveu no Quénia e ficou sobretudo conhecida pelo livro “Out of Africa”, publicado em 1937.
Foi para o Quénia (então uma colónia inglesa) em 1914 com o marido, Barão Bror von Blixen-Finecke. Instalou-se numa quinta nos subúrbios de Nairobi, onde criou uma plantação de café.
Já divorciada, apaixonou-se pelo piloto e caçador inglês Benys Finch Hatton, com quem viveu entre 1926 e 1931, ano em que este morreu num acidente de avião, e também o ano em que Karen regressou definitivamente à Dinamarca.
Foi já depois do regresso à Dinamarca que escreveu “Out of Africa”, livro de memórias sobre os anos passados no Quénia. O livro é uma celebração da sua vida em África, com os seus altos e baixos, a sua felicidade e sofrimento, e do amor que viveu com Banys. É também um relato da sua relação com a natureza e com as tribos locais, em especial os kikuyo, e um importante testemunho sobre a vida colonial da época.
O livro foi adaptado ao cinema em 1985 por Sydney Pollack. O filme, com o mesmo nome (em Portugal exibido sob o nome “África Minha”), contou com Meryl Streep e Robert Redford nos principais papéis, ganhou diversos óscares e é ainda hoje um dos mais conhecidos filmes sobre África.
Nos subúrbios de Nairobi é possível visitar a Casa-Museu Karen Blixen.
I had a farm in Africa at the foot of Ngong Hills.
Karen Blixen
No verão de 2019, acompanhei um grupo da Earlybird ao Quénia, onde fizemos voluntariado e pudemos sentir de perto o calor, as cores, os aromas e as sensações descritas por Karen Blixen. Vimos locais descritos no livro e onde decorreram gravações do filme, como as colinas de Ngong, o Grande “Rift Valley” e o Lago Nakuru, com os seus bandos de flamingos.
Levei o livro comigo.
Quando lemos o livro, imaginamo-nos facilmente no Quénia. Quando estamos no Quénia, sentimo-nos dentro do livro.
Aconselho tudo: ler o livro, ver o filme, ir ao Quénia!
Catarina Anastácio